Resenha: Punk 57

28 fevereiro 2020
Sinopse: Autora best-seller do New York Times, Penelope Douglas, apresenta seu mais recente romance “New Adult” ...
“Nós éramos perfeitos juntos. Até nos conhecermos.
Misha
Não posso deixar de sorrir com a letra da música em sua carta. Ela sente a minha falta.
Na quinta série, minha professora organizou duplas com colegas de uma escola diferente. Pensando que eu era uma menina – por causa do meu nome – a outra professora me juntou com a sua aluna, Ryen. Minha professora – acreditando que Ryen era um garoto – concordou.
Não demorou muito para descobrirmos o erro. E, em pouco tempo, estávamos discutindo sobre tudo. A melhor pizza para viagem. Android vs. iPhone. Se Eminem é ou não o melhor rapper de todos os tempos...
E foi assim que começou. Nos sete anos seguintes, éramos só nós.
Suas cartas são sempre escritas em papel preto com caneta prateada. Às vezes, recebo uma por semana ou três em um dia, mas eu preciso delas. Ela é a única que me mantém nos eixos, me acalma e aceita quem eu sou por inteiro.
Nós só tínhamos três regras: nada de redes sociais, sem números de telefone e nenhuma fotografia. Nós tínhamos um lance bacana. Por que arruinar isso?
Até eu deparar com uma foto de uma garota, online. Com o nome de Ryen, que ama a pizza do “Gallo” e idolatra seu iPhone. Quais eram as chances?
Que se f*da. Preciso encontrá-la.
Só não imaginava que odiaria o que descobri.
Ryen
Ele não escreve há três meses. Algo não está certo. Ele morreu? Foi preso? Conhecendo Misha, nem um dos dois seria um exagero.
Sem ele por perto, estou ficando maluca. Preciso saber que alguém está me ouvindo. A culpa é minha. Devia ter pedido seu número de telefone, foto ou algo assim.
Ele podia ter sumido para sempre.
Ou poderia estar bem debaixo do meu nariz, e eu nem sequer desconfiava.
Hello pessoas, tudo certinho?!?! Hoje falaremos de Punk 57. Livro da autora Penelope Douglas lançado pela The Gift Box e que é um dos meus queridinhos.

Aqui conhecemos Misha e Ryen e suas histórias inciadas no ensino fundamental. Apesar de nunca terem se visto, e isso ser uma condição acordada entre eles, se tornam amigos especiais, talvez pudessem ser mais que isso, se um dia eles se encontrassem, até o dia que ele corta toda a comunicação.


"Muita coisa mudou em nossas cartas ao longo dos anos. Os assuntos conversados, os temas pelos quais brigávamos, sua caligrafia..."
Apesar do sumiço de Misha, Ryen segue sua vida, sem nunca esquecer e sem ter certeza do que fazer. E quando ela esperava que nada mais impactante fosse acontecer em sua vida um novo aluno chega para mudar completamente o rumo de sua vida.
"Misha, onde diabos você está? Estou perdida aqui. Acho que vou procurar ele no Google já que estou tão aflita. Ou no Facebook ou ir até a casa dele."
O que fazer quando precisamos ser outra pessoa para nos incluirmos? Será que vale a pena sufocarmos nossa verdadeira essência para caber nas expectativas das outras pessoas?? Essa é uma das grandes questões abordadas no livro.

Mentiras e segredos de família também são abordados e o quanto a necessidade de agradar destrói uma pessoa por dentro. Uns sucumbem magoando os outros, já outros sucumbem procurando consolo naquilo que será a sua derrota.
"Mas o que Misha disse era verdade. Todos somos feios, não somos?Alguns usam a feiura e outros a escondem."
Apesar e passar no High School, Punk 57 é mais que uma historinha de amor adolescente. É um livro profundo e reflexivo, mesmo que para mim, por exemplo, que já estou bem longe dessa idade, os problemas possam parecer rasos. Mas te garanto que não é o caso.

Se você gosta de decifrar enigmas, mergulhar fundo em personalidades questionáveis e descobrir segredos, esse livro é para você. Leitura mais que recomendada.


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