Resenha: Bellissima

06 fevereiro 2020

Com Bellissima, Nora Roberts une novamente seus dois maravilhosos ingredientes: romance e suspense. Depois de ter a casa assaltada, a Dra. Miranda Jones decide esquecer o incidente, indo às pressas para a Itália a trabalho. Lá, deverá constatar a autenticidade de um bronze renascentista de uma cortesã da família Médici, conhecido como A Senhora Sombria. Especialista em autenticação de obras renascentistas, Miranda atesta como original uma falsificação. Ao descobrir a farsa, ela decide encontrar a verdadeira peça e revelar o motivo para tal crime. Para isso, terá a ajuda do sedutor ladrão Ryan Boldari, que pensa em se apoderar da obra de arte. Porém, os planos dos dois ruem quando um perigoso assassino começa a persegui-los.

Bellissima foi a minha primeira leitura de 2020, e não é a primeira vez que começo o ano com um livro de Nora Roberts. Afinal, ela é uma das minhas autoras favoritas, por isso é uma ótima maneira de estrear novos 365 (ou 366 dias) de leituras, já que sempre é uma boa pedida.

Contudo, sinto dizer que não foi bem assim. De modo geral, eu gostei do livro, só que foi estranho. E agora eu vou explicar, antes que você me julgue por não amar um livro de Nora (risos).

Acontece que o livro não parecia ter sido escrito por ela! Você já leu alguma obra de Dan Brown? Eu li quase todos, e geralmente eles têm um padrão: bastante conhecimento científico, um homem e uma mulher (que geralmente se sentem atraídos um pelo outro) na busca por algo, normalmente na área das artes. 

Pois bem, é isso que acontece em Bellissima. Miranda e Ryan passarão por muitas aventuras e riscos juntos, e ninguém está a salvo. Todos podem morrer, porque alguém não medirá esforços para calar quem resolver se meter na história. Tudo por conta de esculturas de arte falsificadas e roubadas.

Se você não fizer isso, vou dar um jeito de colocar o Davi no mercado de novo. Quando a companhia de seguros recuperar a peça e testá-la, como é rotina, sua incompetência vai ser descoberta. 

Sei que os livros da Nora publicados pela Bertrand são bem mais voltados ao suspense do que ao romance, mas a parte científica foi o que mais chamou a atenção no livro, e também as mortes que acontecem em vários momentos da obra. Se me dissessem que foi Dan Brown quem escreveu, eu acreditaria! Ou se não conhecesse o autor, certamente apostaria nele. 

Portanto, foi isso que me desestimulou a leitura, porque não identifiquei a Nora na escrita e no tema, mas no final eu não conseguia mais desgrudar das páginas. Estava ansiosa para conhecer o assassino, a pessoa por trás das falsificações e roubos, e acredite: eu desvendei. Na verdade, acertei entre alguns suspeitos que eu tinha, e mesmo assim foi surpreendente.

Miranda sabe mais do que está dizendo. E se você é amigo dela o suficiente, Boldari, vai convencê-la a me contar antes que alguém resolva que ela é dispensável. 

Nora soube bolar tudo muito bem, a história foi bastante convincente, principalmente no quesito motivações do vilão, e é uma boa leitura para quem gosta do gênero. Não vou dizer que foi ruim ou que me arrependo de ler, porque o final valeu a pena, mas prefiro mil vezes os livros românticos dela! 

                                                                     
Ficha técnica:
Autor: Nora Roberts
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2010
Páginas: 546
Skoob: Bellissima

Semana que vem eu farei uma resenha sobre o primeiro volume de uma trilogia que ganhou meu coração. Não perca! 

2 comentários

  1. Quando conversamos sobre suas primeiras impressões sobre essa leitura, confesso que fiquei com receio de ler essa obra. Adoro os livros da Nora, e as histórias em que ela tem mesclado um pouco de suspense no meio, têm me conquistado ultimamente. Mas as vezes também sinto falta de um pouco mais de romance nesses livros, pois eles ainda são meus favoritos dela. Quero ler em breve esse livro, pois sua resenha me deixou bastante curiosa.

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    1. Pois é, estou (estamos) acostumada com a Nora romântica. Apesar das partes de suspense sempre nos envolverem, nesse livro o que mais tem é pegada científica, e isso me decepcionou um pouco.

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