Resenha: Onze Leis a Cumprir na Hora de Seduzir, @editoraarqueiro

Sinopse: Juliana Fiori é uma jovem ousada e impulsiva, que fala o que pensa, não faz a menor questão de ter a aprovação dos outros e, se necessário, é capaz de desferir um soco com notável precisão. Sozinha após a morte do pai, ela precisa deixar a Itália para viver com seus meios-irmãos na Inglaterra.
Ao desembarcar no novo país, sua natureza escandalosa e sua beleza estonteante fazem dela o tema favorito das fofocas da aristocracia. Pelo bem de sua recém-descoberta família britânica, Juliana se esforça para domar seu temperamento e evitar qualquer deslize que comprometa o clã. Até conhecer Simon Pearson, o magnífico duque de Leighton.
O poderoso nobre não admite nenhum tipo de escândalo e defende o título e a reputação da família com unhas e dentes. Sua arrogância acaba despertando em Juliana uma irresistível vontade de desafiá-lo e ela decide provar a ele que qualquer um – até mesmo um duque aparentemente imperturbável – pode ser levado a desobedecer às regras sociais em nome da paixão.

“Um momento com uma mulher fogosa vale onze anos de uma vida tediosa.” (Provérbio Italiano)

Olá pessoal, hoje a resenha é de um livro daqueles que arrebatam os corações, e nos deixam com um sorrisinho ao final do livro. Sarah MacLean sabe escrever como ninguém e no ranking das autoras com as melhores histórias, mesmo que tenhamos drama e escândalos, sempre temos uma excelente dose de comédia.

Juliana foi abandonada por sua mãe, e quando seu pai morreu se viu sozinha na Italia. Ela sabia da existência de dois meios irmãos em Londres e o jeito foi partir para lá e tentar se adequar a corte londrina. Para não colocar seus irmãos em uma situação complicada ela tenta conter sua personalidade excêntrica àquelas pessoas, mas falha brutalmente.

Mas ela com certeza não deveria ter batido nele. [...]Damas não batem em pessoas.Pelo menos não damas Inglesas.

Simon foi criado para ser nada mais que perfeito. Ele foi educado nas melhores escolas, teve tudo o de melhor e sabia que teria um belo futuro. Sua mãe sempre teve essa certeza, tanto que nunca o tratou pelo primeiro nome e sim pelo seu sobrenome imponente que fazia jus ao título que herdaria. Tudo estava devidamente planejado para sua vida, ele só não contava com duas mulheres para tirá-lo do seu caminho: Sua irmã Georgiana e Juliana...

Ele tinha que se casar algum dia; era o rumo natural dos acontecimentos. Um meio para um fim. Ele precisava de herdeiros. E de uma anfitriã.Mas ele se ressentia de ter que se casar agora.Ele se ressentia do motivo.

Aqui cabe ressaltar o seguinte, a autora tem uma série lançada por outra editora, mas que você vai encontrar personagens apresentados nessa história, eu gostaria de tê-la lido antes de O Clube dos Canalhas, acho que minha ideia seria outra lá. Mas não é uma necessidade. Se você já leu, ok! Se não leu recomendo que leia primeiro Os números do Amor e depois O Clube dos Canalhas.

Olha não como negar que esse definitivamente é o melhor livro da série. Juliana é uma personagem encantadora, apesar de todo o sofrimento por ser rejeitada, pela desconfiança de origem e de não se enquadrar nos padrões londrinos, ela é cheia de vida, cheia de energia e cheia de bondade e compaixão. Seus meios irmãos apesar de não serem muito ligados a padrões também, sempre tentaram se manter longe dos escândalos já que mesmo um deles sendo o Marquês de Ralston, sua família não era tida em boa conta na sociedade.

Simon apesar de lindo, e ótimo partido se acha a última bolacha do pacote. Foi criado e educado para ser perfeito e não ter nada em sua vida que pudesse manchar o imaculado nome de sua família, até que para manter sua família com o nome impecável ele precisa ser o mais cretino possível justamente com sua própria irmã.

Cheio de mistérios e segredos de família, esse livro nos faz questionar realmente se vivemos nossa vida ou se vivemos o que a sociedade e as pessoas esperam de nós. Juliana sempre viveu sua vida como quis, sua alma livre sempre a colocou em enrascadas, mas nem por isso desistiu de ser quem é. Mesmo que pudesse ser um escândalo de fato, ela vivia de acordo com aquilo que queria, mesmo que isso fosse a colocar em uma enrascada e destruir seu coração apaixonado por um homem arrogante, desdenhoso e extremamente lindo.

 – Eu sinto a mesma coisa – confessou ela. – [...] você é Hefesto, todo músculo e chama. [...]- Isso faz de você Afrodite; uma comparação adequada.Mas Afrodite e Hefesto eram casados. Nós só temos essa noite.

Com doses excelentes de reflexão e comédia Sarah MacLean nos deixa querendo resolver os problemas de todos os personagens em busca daquele final que nos deixará felizes, mesmo que para isso um escândalo precise vir à tona e seja simplesmente a ação mais altruísta de uma jovem de dezessete anos. E nos faz avaliar o queremos de nós mesmos: agradar as pessoas que os cercam ou sermos felizes por inteiro, mesmo que para isso precisemos quebrar algumas convenções.

É a história de sempre, cansativa e absurdamente banal. Achei que ele me amava. E talvez ele amasse. Mas às vezes o amor não é suficiente. Creio que, na maioria das vezes o amor não é o bastante.

Me apaixonei completamente por essa história e tenho certeza que todos se apaixonarão. Sem sombra de dúvidas um dos favoritos do ano!

Ficha Técnica:

Autor: Sarah MacLean

Páginas: 336

Editora: Arqueiro

Ano: 2017

Skoob: Onze Leis a Cumprir na Hora de Seduzir 

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