Resenha: A Sétima Cela, @AstralCultural

05 abril 2017
Sinopse: Martha Heneydew é a primeira adolescente a ser presa e condenada no novo sistema de justiça da Inglaterra. A polícia a encontrou ao lado do corpo de Jackson Paige, filantropo, milionário e uma das celebridades mais queridas do país. Nesse novo sistema de justiça, o condenado tem sete dias (cada dia em uma cela diferente) para ter seu destino determinado pelos votos dos telespectadores. Se a audiência do programa de TV Morte é Justiça decidir pela inocência do preso, ele será solto. Caso contrário, será morto na cadeira elétrica. Porém, algumas peças não se encaixam na história que Martha conta para a justiça. Ela se declara culpada, mas há algo por trás da cena do crime que os telespectadores ainda não sabem. Com a ajuda da consultora psicológica, Eve Stanton, de um juiz do antigo sistema jurídico, Cícero, e do seu grande amor, os sete dias que precedem sua execução serão de muita intensidade, sofrimento, descobertas inesperadas e reviravoltas de perder o fôlego. Quem é, de verdade, Jackson Paige? Martha Heneydew é realmente culpada? Será que esse sistema jurídico é justo? Nesta distopia eletrizante, todas essas questões nos fazem refletir sobre o poder do dinheiro que, muitas vezes, prevalece sobre a justiça. E Martha, uma adolescente forte e destemida, mostra sua crença em uma sociedade verdadeiramente justa, na força da amizade e do amor. Mesmo que isso possa significar sua própria vida.
Há um tribunal que está acima dos tribunais de justiça, e esse é  tribunal da consciência. E ele supera todos os outros.
Ghandi

Olá pessoal, tudo certinho!? Hoje vamos falar desse livro que é uma mistura de distopia com ficção científica, se é que um pode ser o outro, que tem uma pegada excelente, mas que faltou alguma coisa, venha entender porquê!

Então nós recebemos o livro no evento da Aliança e ele veio completo, num kit muito legal. Nesse Kit veio uma carta escrita: NÃO LEIA. E o que alguns de nós fizemos? Lemos. Mas, eu não fui uma dessas, ainda bem (risos). Mas a questão é que quem leu a carta perdeu a oportunidade de saber uma das melhores revelações da obra, apesar de todo o tempo estarmos de olho para encontrar o verdadeiro assassino, porque me recusei a todo momento acreditar que foi a Martha, todos e ninguém para ser o culpado.
Eu vou morrer em sete dias porque é necessário, mas, depois disso, as bolhas deles vão estourar e todo mundo saberá a verdade.

Vamos a grande loucura e que é a grande sacada da história, o sistema jurídico estava falido de todas as formas possíveis e por isso foi instituído um novo governo com um novo sistema judicial, onde as pessoas escolhem, através de um reality show o destino de cada condenado (oi?). Exatamente isso, todos os criminosos passarão por isso. Com Martha não é diferente. Uma adolescente rebelde, pega na cena de um crime onde uma das pessoas mais amadas e benfeitoras daquela sociedade é encontrada morta. Sim Jackson Paige, está morto e agora sociedade?

Sério esse livro me chocou, ou melhor me surpreendeu em diversos níveis e momentos dada a semelhança de nosso momento atual. A Imprensa é corrompida, as pessoas julgam olhando para uma tela e o governo, esse sempre consegue ajustar as coisas como sua vontade. Cara muito doido isso. Sério o livro nos leva a momentos de reflexões intensos ao mesmo tempo que sempre vemos que aquilo ali não tem como funcionar de fato, nos causa um grande incômodo por vermos isso acontecendo nos dias de hoje. Ponto muito positivo para a autora.
— Alguém tem que pagar! — grita um homem na plateia. — Eu paguei uma boa grana para assistir a uma execução.
Mas gente a grande questão é o assassinato e esse eu não posso falar nada, porque tenho certeza que darei spoiler e a intenção é fazer com que vocês leiam e reflitam sobre a história. Sobre a estrutura da sociedade e sobre a verdade absoluta apresentada pela imprensa golpista e manipuladora. Sério não estou falando de nossa situação política, estou falando do livro mesmo.

A narrativa da autora oscila muito, em alguns momentos é muito fluida e em outro muito lenta com excesso de detalhes e isso foi a única coisa que me incomodou. De restante a história é muito bem construída, tem uma continuidade boa e nos leva a loucura com as revelações e as atitudes de alguns personagens. Definitivamente Martha entrou na minha lista de personagens femininas fodonas.
Esperamos poder trazer a vocês uma entrevista exclusiva com a nossa Martha e talvez fazer a pergunta para ela: a morte é justiça? A Olho Por Olho Produções deseja a vocês uma boa noite, telespectadores, e obrigado por assistirem ao nosso programa.
Quatro notas musicais já aguardando o próximo livro Astral!

Ficha Técnica:
Autor: Kerry Drewery
Páginas: 316
Editora: Astral Cultural
Ano: 2016

Até mais


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