Trinta anos se passaram desde que Greta deixou de morar no solar Marchmont, uma
bela e majestosa residência na região rural do País de Gales. A convite de seu velho amigo David, ela decide retornar ao lugar para comemorar o Natal. Porém, devido a um acidente de carro, Greta não tem mais lembranças da época em que vivia na propriedade, assim como de boa parte de seu passado. Durante uma caminhada pela paisagem invernal de Marchmont, ela encontra uma sepultura no bosque, e a inscrição na lápide coberta de neve se torna a fagulha que a ajudará a recuperar a memória. Contudo, relembrar o passado também significa reviver segredos dolorosos e muito bem guardados, como o motivo para Greta ter fugido do solar, quem ela era antes do acidente e o que aconteceu com sua filha, Cheska, uma jovem de beleza angelical... mas que esconde um lado sombrio. Da aclamada autora da série As Sete Irmãs, A Árvore dos Anjos é uma história tocante sobre amores e perdas, sobre como nossas escolhas de vida podem tanto definir quem somos como permitir um novo começo.
Ah, Lucinda Riley com certeza é uma das melhores escritoras que existem, na minha opinião. A autora irlandesa sempre consegue me surpreender, me envolvendo logo nas primeiras páginas, e é a campeã de resolver ressacas literárias. Eu estou aguardando a continuação de As Sete Irmãs, mas um excelente alívio foi a leitura de A Árvore dos Anjos, mais recente lançamento de Lucinda.
Os livros da escritora sempre seguem um padrão, pelo menos é o que tem acontecido até então: a história se começa no presente, e um diário ou um personagem narra uma história do passado. Durante o enredo, essas histórias se intercalam, despertando ainda mais a nossa atenção e a curiosidade pelo desfecho.
A Árvore dos Anjos começa com a ida de Greta e seu amigo David para o Solar de Marchmont, para as festividades de Natal. É lá que se passam muitas partes da história, principalmente para Greta. Só que temos um probleminha: ela não possui memórias. Acontece que, ao dar um passeio pela propriedade, Greta se lembra de tudo. E sua história, para nós, se desenvolve a partir dos seus 18 anos de idade, quando ela trabalhava em Londres como dançarina em um teatro.
Lá, Greta conhece um oficial norte-americano, que fica imediatamente apaixonado por ela. Os dois ficam, na verdade. Na noite antes de ir embora, ele pede a moça em casamento, prometendo levá-la para a América em breve, onde construirão sua vida. Então, ela se entrega ao noivo.
Ela pensou que, horas antes, havia aparecido quase nua diante de homens que nem sequer conhecia. Por que se envergonharia de oferecer a dádiva de sua inocência e fazer amor com o homem com quem ia se casar?
Só que um inesperado acontecimento faz com que Max saia da vida de Greta. E pior: quando ela descobre que está grávida do americano. A vida de Greta começa a ficar ainda mais dura, mas, graças ao apoio incondicional de David, comediante do mesmo teatro, ela consegue superar os seus dramas. É claro que ele faz isso porque a ama, mas ela está cega de amores novamente e não se dá conta dos sentimentos do amigo.
A vida de Greta é uma decepção atrás da outra, e não sei o que seria dela sem David. Inclusive para morar, porque ele oferece abrigo a ela na propriedade da família no campo, ou seja, em Marchmont, onde mais uma vez sua vida irá mudar. E ainda não será favorável para David. Enfim, muitos anos se passam e os dois não conseguem ficar juntos.
É preciso ainda falar de outra personagem importante do romance: Cheska, fruto do romance entre Greta e o americano. Ela se torna uma atriz extremamente famosa, mas é totalmente perturbada e precisa de cuidados psiquiátricos. Mas note que estamos em uma época onde esse tratamento não existia e as pessoas eram tratadas como loucas (apesar de que eu acho que foi Cheska quem deixou as outras pessoas malucas). Eu não sei se já tive tamanho ódio por algum personagem até o momento, acho que não senti isso nem pela Garota Exemplar. A sensação foi tamanha que fiquei com receio de continuar o livro e ver o que mais Cheska poderia aprontar.
A Árvore dos Anjos é isso: mistura de amor e ódio, relacionamentos frustrados, um amor incondicional não correspondido e uma pessoa totalmente perturbada virando a vida dos outros personagens de cabeça para baixo. Mas a pergunta que não quer calar é: será que depois de 30 anos, Greta e David enfim conseguirão ficar juntos?
- Será que é tarde demais? - perguntou para sua imagem no espelho. Ela não sabia. Tudo o que podia fazer era perguntar a ele.
Nunca pretendi dar menos do que cinco notas para os livros de Lucinda Riley, porque ela sempre mereceu muito mais. E agora não vai ser diferente!
Você precisa ler esse livro com urgência. Passe-o na frente de todos os outros de sua lista, garanto que não irá se arrepender!
Ficha técnica:
Autora: Lucinda Riley
Páginas: 496
Editora: Arqueiro
Ano: 2017
Skoob: A Árvore dos Anjos
Amooooo Lucindaaaaa....todos que li dela até agora não me decepcionaram...espero ler esse em breve...parabéns pela resenha
ResponderExcluirthebestwordsbr.blogspot.com.br
Pois eu também nunca me decepcionei com os livros dela, é um melhor do que o outro. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOi Fernanda!
ResponderExcluirEu também AMOOOOO a Lucinda. E já estava namorando esse livro, mas ainda não consegui tê-lo em mãos. Adorei a forma como a Lucinda nos passa as informações sem nos largar da narrativa, esse vai e volta ao passado nem sempre é fácil de se assimilar. Mas no caso da autora ela o faz com maestria. Sua resenha foi maravilhosa e me deixou ainda mais seca para ter esse precioso em mãos.
Bjus
Oi, Monique! Também acho esse vai e vem da narrativa muito envolvente. Fico extremamente feliz que gostou da resenha. Adorei seu comentário! Beijos.
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