Foi amor à primeira vista. Mas Victoria Lyndon era a filha do vigário, e Robert Kemble, o elegante conde de Macclesfield. Foi o que bastou para os pais dos dois serem contra a união. Assim, quando o plano de fuga dos jovens deu errado, todos acreditaram que foi melhor assim. Sete anos depois, quando Robert encontra Victoria por acaso, não consegue acreditar no que acontece: a garota que um dia destruiu seus sonhos ainda o deixa sem fôlego. E Victoria também logo vê que continua impossível resistir aos encantos dele. Mas como ela poderia dar uma segunda chance ao homem que lhe prometeu casamento e depois despedaçou suas esperanças? Então, quando Robert lhe oferece um emprego um tanto incomum – ser sua amante –, Victoria não aceita, incapaz de sacrificar a dignidade, mesmo por ele. Mas Robert promete que Victoria será dele, não importa o que tenha que fazer. Depois de tantas mágoas, será que esses dois corações maltratados algum dia serão capazes de perdoar e permitir que o amor cure suas feridas?
Mais novo livro da Julia Quinn. Precisa dizer alguma coisa? É claro que eu teria de lê-lo, não é mesmo? Já li todos e com esse não seria diferente. Eu adoro a escrita da Julia.
Gostei desse livro, mas não vou dar notas musicais máximas e ao longo do texto eu digo o motivo. Amei a história de Victoria e Robert, especialmente o começo do romance, onde eles se conheceram e se apaixonaram à primeira vista.
Só que, veja bem: Robert era um conde, futuro marquês, e Victoria era apenas a filha do vigário. É claro que a união não seria bem vista pelos pais de ambos. O pai dela acreditava que ela seria usada e descartada, e o pai dele achava que a moça só estava atrás do seu dinheiro. É claro que era tudo imaginação deles, o amor entre o casal era lindo e puro, com as mais belas intenções, só que eles não conseguiram provar isso às famílias. A solução que Robert achou ser a melhor foi a fuga. Que deu errado!
Por conta desse erro, houve um grande mal-entendido e os dois acharam que seus pais estavam certos. O que eles fazem? Ao invés de conversarem para ver o que realmente aconteceu, cada um toma o rumo de sua vida e só vão se encontrar, por acaso, sete anos depois. Ele ainda é um nobre, claro, e ela agora é uma preceptora, pouco mais que uma criada. Apesar das diferenças, é claro que a atração foi imediata. Só que ele queria mais do que seu amor.
A idade a deixara ainda mais linda. E ele a queria. Que o Senhor lhe ajudasse, porque ele ainda a queria. Mas também queria vingança.
Da parte de Victoria, ela queria mais era esquecê-lo e seguir sua vida em paz. Ela sente que foi enganada, e não pode dar uma chance a ele porque tem medo de ter o coração partido novamente. Assim, fica negando a Robert oportunidades de conversarem, de esclarecerem o que houve na noite da tentativa de fuga.
Mais algum tempo se passa e Victoria agora é atendente em uma loja de roupas para damas. Robert novamente insiste para que eles fiquem juntos, só que ele sugere que a moça seja sua amante. É claro que ela não vai topar, até porque nunca esteve tão feliz. Hoje, finalmente, depois de ter o controle de sua vida nas mãos do pai e de alguns patrões autoritários, ela é dona da sua vida e pode fazer o que quiser. Se ceder aos encantos de Robert, Victoria novamente será mandada por alguém.
Mas é claro que ela ainda o ama, nunca deixou de amá-lo. Ao perceber que Victoria ainda o quer, Robert insiste cada vez mais para que fiquem juntos. Essa parte é um pouco irritante, porque bastava que eles conversassem e se acertassem. Só que o orgulho (odeio!) falou mais alto e eles só brigavam. Tanto que uma hora Robert diz que está sendo muito paciente com ela, que ele merece uma canonização. Ele está certo, porque Victoria foi muito difícil. Por sua culpa, os dois estavam ficando longe do final feliz.
Contudo, um evento, uma quase tragédia, irá marcar a rotina desse infeliz casal. E é a partir desse incidente que o possível entendimento pode acontecer. Victória enfim vai cair em si.
Agarrava-se à sua raiva porque sentia que era o que a protegia, mas tudo o que estava fazendo era magoar a única pessoa que... A flor em sua mão se partiu ao meio. Estava mesmo prestes a dizer que o amava?
Como eu disse antes, não vou dar nota musical máxima porque esse orgulho bobo fez com que Victoria e Robert ficassem sofrendo por anos. Eu esperava que os dois ficassem juntos logo no começo e tivessem problemas que os casais de diferentes posições sociais enfrentam, como agradar os criados e fazer com que obedeçam a alguém que não tem origem nobre, e dificuldades de adaptação à nova vida, etc., não que ficassem se alfinetando o tempo todo.
Acontece que Julia é diva, então ela consegue fazer com que mesmo um livro com esse orgulho todo seja excelente, e é claro que lerei o próximo volume da duologia.
Ficha técnica:
Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Ano: 2018
Páginas: 272
Skoob: Mais Lindo que a Lua
Oi Fernanda! Ainda não li o livro, mas depois da resenha me pergunto: será que os livros da Julia estão ficando repetitivos? Eu adooooro demais os livros dela, mas parece que está faltando alguma novidade. O que tu acha? Beijos, Adriana
ResponderExcluirEu achei que foi uma temática diferente, parece um pouco com Prometida, de Carina Rissi. Não é tão bom quanto Os Bridgertons, mas eu adoro a Julia e lerei tudo o que ela escrever!
ExcluirBeijos!
Nossa, agora fiquei ainda mais curiosa pra ler esse livro, mas confesso que também odeio quando os casais ficam se alfinetando. Tem que ser algo muito bem construído para a história não ficar irritante. Eu tenho certo receio com histórias que enrolam demais, pois parece-me as vezes ser algo muito irreal, afinal, na vida a gente conversa e se entende, se não na hora, pelo menos alguns dias ou semanas depois...mas não anos, como a maioria dos livros traz. Os anos de silêncio e mal entendidos servem para criar uma atmosfera de expectativa pelo desenlace, mas frusta a gente algumas vezes. Vou conferir esse livro no próximo mês, mas agora já vou com um pezinho atrás! Parabéns pela resenha, super explicativa!
ResponderExcluirJulia é diva né, ela consegue dar jeito até em temáticas ruins. Mas é bem isso, fica meio irreal, frustrante, e não vejo alguém na vida real que aguente por anos, mesmo que ame muito.
ExcluirObrigada pelo carinho!