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2017

Resenha: A Irmã da Pérola, @editoraarqueiro

08 novembro 2017

Em A Irmã da pérola, quarto volume da série As Sete Irmãs, duas jovens de séculos diferentes têm seus destinos cruzados numa emocionante história sobre amor, arte e superação. Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade, decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais de um século antes.A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada. Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar. Filha de um pastor em Edimburgo, no início do século XX, Kitty McBride é presenteada com a chance de deixar seu ambiente opressivo e ir para a Austrália como dama de companhia da Sra. McCrombie. Em Adelaide, seu destino se entrelaça com o da família da velha aristocrata, incluindo seus dois jovens sobrinhos: o impetuoso Drummond e o ambicioso Andrew, gêmeos idênticos, porém em tudo diferentes, além de herdeiros de um próspero comércio de pérolas. Seu bilhete para uma nova terra oferece todas as oportunidades de aventura com que ela sempre sonhou e um amor que ela jamais poderia imaginar...Cem anos depois, Ceci D’Aplièse decide seguir o exemplo das irmãs e ir atrás de sua família biológica. Seguindo as coordenadas deixadas pelo pai adotivo antes de morrer, ela parte rumo à Austrália, e se vê refazendo os intrincados passos de Kitty à medida que procura descobrir a própria história – uma narrativa improvável que envolve uma pérola amaldiçoada e um mergulho mágico na arte aborígine.

Imagine-se na seguinte situação: seu pai a adotou, juntamente com cinco irmãs, e deixou alguns pertences ao falecer, que funcionam como dicas para você descobrir a sua origem. Todavia, você não tem muito interesse em conhecer o seu passado, até porque tem uma irmã como fiel escudeira para tudo. Acontece que essa melhor companheira seguiu sua vida, após descobertas interessantes, e você se viu sozinha no mundo.

É com isso que nos deparamos em A Irmã da Pérola. Ceci é a protagonista, apelido de Celeno. Sua irmã Estrela foi morar em outras instalações (leia sua história em A Irmã da Sombra) e nossa mocinha se vê em um apartamento grande demais, em Londres. É aí que surge o desejo de também saber de onde ela veio, e talvez conhecer algum antepassado. Contudo, Ceci tem apenas algumas pistas: um nome e uma fotografia em preto e branco, antiga. Além disso, algo que todas as irmãs também tem: coordenadas, sendo que as suas apontam para a Austrália. 

Com o final do ano se aproximando, Ceci vai passar alguns dias na Indonésia, em uma praia paradisíaca onde ela e a irmã já turistaram. Por lá ela descobre informações importantíssimas e conhece pessoas que deixarão marcas em sua vida, mas mesmo assim (talvez por isso mesmo) se despede e vai para o lugar onde seus ancestrais estiveram em alguma oportunidade.

Quando já estava longe o suficiente da areia, fiquei boiando, olhei para o céu e agradeci a Deus, ou a Buda, ou a quem eu devesse agradecer, por ter voltado a Krabi. Sentia-me em casa pela primeira vez em meses.

Eu já mencionei algumas vezes (acredito que ainda não, para vocês) que o que eu mais amo na escrita da diva Lucinda é o vai e vem de suas histórias. Ou seja, ela alterna entre atual e passado, e isso está presente, como não poderia deixar de ser, em A Irmã da Pérola. O atual é a vida de Ceci tomando rumo, descobrindo e conhecendo fatos e pessoas. O passado é a vida de Kitty McBride e sua jornada desde a juventude até as próximas gerações. É fantástico e você não vê a hora de elucidar as conexões, de saber o que Kitty tem a ver com Ceci. 

Isso aconteceu de modo surpreendente, bem diferente do que eu imaginava. Contudo, quando descobre suas origens, é hora de Celeno tomar decisões: ela retomará sua vida em Londres, praticamente sozinha? Voltará para a casa de Pa Salt, na Suíça, onde Ma e Cláudia ainda permanecem? Ou tomará providências para morar na Austrália, seu local de nascimento, com as suas descobertas? 

Ainda assim, meus instintos me diziam que eu deveria fazer algo por ele. Afinal, Ace me ajudara quando eu precisara dele. A questão era: o quê? E como? 

Como sempre, eu termino um livro de Lucinda Riley já com saudades das personagens, e gostinho de quero mais. Confesso para você que não gostava muito de Ceci, antes de conhecer sua história, mas depois disso a entendi e passei a respeitá-la. Contudo, ainda tenho grande afinidade com Maya e com Estrela (não sei com qual das duas tenho mais).

Sorte nossa é que ainda temos alguns livros antes de encerrar essa magnífica coleção: os leitores terão a oportunidade de conhecer mais sobre Tiggy (primeiro capítulo disponível no final deste livro, que não li para aguentar a curiosidade), depois sobre Electra, e torço para que tenha mais um livro sobre Mérope, a irmã que nunca foi encontrada. Bem que Lucinda poderia fazer como Julia Quinn (E Viveram Felizes Para Sempre) e seus capítulos extras sobre cada personagem, não é mesmo?



Ficha técnica:
Autor: Lucinda Riley
Editora: Arqueiro
Ano: 2017
Páginas: 528
Por hoje é isso, mas voltarei em breve com novidades! 

2 comentários

  1. Sou apaixonada pelas capas desta série, ainda mais depois que a Editora Arqueiro assumiu, mas não consegui parar e ler nenhum deles ainda. Acho que vou deixar pra começar qdo todos estiverem publicados e ai não preciso ficar ansiosa hahahaha

    Beijinhos da Paty ;)

    https://patybookaholic.blogspot.com.br/

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  2. É uma excelente estratégia, realmente, contanto que você leia. Porque valem muito a pena! Não somente essa série, mas todos da Lucinda são ótimos. Obrigada pelo carinho! Beijos.

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