De uma forma divertida, Sophie Kinsella nos mostra que as pessoas que mais conhecemos são aquelas que também mais podem nos surpreender. Juntos há dez anos, Sylvie e Dan compartilham todas as características de uma vida feliz: uma bela casa, bons empregos, duas filhas lindas, além de um relacionamento tão simbiótico que eles nem chegam a completar suas frases – um sempre termina a fala do outro. No entanto, quando os dois vão ao médico um dia, ouvem que sua saúde é tão boa que provavelmente vão viver mais uns 68 anos juntos... e é aí que o pânico se instala. Eles nunca imaginaram que o “até que a morte nos separe” pudesse significar sete décadas de convivência. Em nome da sobrevivência do casamento, eles rapidamente bolam um plano para manter acesa a chama da paixão: de um jeito criativo e dinâmico, passam a fazer pequenas surpresas mútuas, a fim de que seus anos (extras) juntos nunca se tornem um tédio. Porém, assim que o Projeto Surpresa é colocado em prática, contratempos acontecem e segredos vêm à tona, o que ameaça sua relação aparentemente inabalável. Quando um escândalo do passado é revelado e algumas importantes verdades não ditas são questionadas, os dois – que antes tinham certeza de se conhecerem melhor do que ninguém – começam a se perguntar: Quem é essa pessoa de verdade?...”. Um livro espirituoso e emocionante que esmiúça os meandros do casamento e que demonstra como aqueles que amamos e achamos que conhecemos muito bem são os que mais podem nos surpreender.
Eu adoro os livros da Sophie. A autora escreve romances bem divertidos e seus protagonistas são meio maluquinhos, mas, cá entre nós, a resenhista aqui pra ser normal tá bem distante haha. Então, tenha a mente aberta, ok? Senão você não vai entender a temática da história.
O livro começa no dia em que Sylvie e Dan estão almoçando juntos e comemorando dez anos que se conheceram. Eles estão casados há sete e são pais de gêmeas de cinco anos. Tudo ia muito bem até que na mesma tarde os dois vão fazer exames de saúde. Lá, descobrem que vão viver até os cem anos, por aí. Isto quer dizer que ainda vão ficar juntos por 68 anos, aproximadamente.
Qual é o problema? Quando a gente se casa, não é até que a morte nos separe? Ninguém sabe quando isso vai acontecer e mesmo assim a gente promete, foi isso que fiz há quatro anos. E eu ficaria muito feliz de saber que ainda vou viver muitos anos ao lado do meu marido, mas os protagonistas deste livro surtaram. Ficaram pensando no que iriam fazer nesse tempo todo, tiveram planos mirabolantes divididos em décadas, contaram quantas vezes ainda iriam fazer tal coisa, enfim, a notícia os abalou como você nem imagina.
Nós dividimos nossa vida em décadas. Em cada década fazemos algo diferente e legal. Conquistamos coisas. Nos superamos. Tipo, que tal se, por uma década inteira, a gente só falasse em italiano?
Cada plano era mais absurdo que o outro. A vida do casal jamais será a mesma depois da descoberta. Eles acharam que poderiam ter mais dez filhos, para encherem suas vidas com ocupações em família, até ter outros parceiros por um tempo. Depois ficaram o tempo todo bolando surpresas para o companheiro, uma mais doida que a outra. É claro que isso não vai terminar bem, como você pode imaginar.
Não consigo de jeito nenhum me imaginar casada com Dan por mais 68 anos. Os últimos 68 minutos já foram ruins o suficiente.
E com isso Dan muda. Ele passa cada dia mais tempo no trabalho, precisa viajar como nunca, e quando está em casa, está sempre distante. O casal não consegue mais harmonia, a vida deles está uma droga. O trabalho de Sylvie também passa por problemas, inclusive ela pode ficar desempregada. E ela sabe que Dan nunca será o homem que seu pai foi, por isso eles sempre vão brigar por conta disso. Seu pai era uma estrela, um herói (na visão da filha) e ela não consegue superar sua morte, mesmo que já tenham se passado dois anos. O pior acontece mais para o final, quando Sylvie descobre um terrível segredo que Dan esconde dela em uma gaveta do seu escritório particular.
Às vezes sinto que o problema dele com meu pai é como uma pedra imensa, que eu terei de empurrar e arrastar por toda nossa vida conjugal.
É isso: problemas em cima de problemas. Leia Mas Tem Que Ser Mesmo Para Sempre? para descobrir como nosso casal vai se resolver, se é que isto é possível. Só não vou dar notas completas por conta do porém do enredo, afinal, a gente casa esperando ficar o máximo de tempo juntos com o parceiro. Eu, pelo menos. Mas o final compensa!
Ficha técnica:
Autor: Sophie Kinsella
Editora: Record
Ano: 2018
Páginas: 378
Agora você me deixou curiosa: qual é o segredo do Dan??
ResponderExcluirTambém gosto muito da Sophie; não li muitos livros dela, mas todos os que li gostei bastante. Gosto do estilo leve e divertido que ela coloca nos livros, sempre uma boa pedida para relaxar. Gostei bastante do enredo desse livro, e concordo com você, casamento pra mim também é pra vida toda, e quanto mais tempo tivermos pra passar ao lado da pessoa que escolhemos, melhor será. Mas estou curiosa pra saber o que esse casal vai aprontar e como se acertarão no final ( na esperança de que eles fiquem juntos né, pois estou encucada com esse segredo...heheh). Só lendo pra saber! Beijinho e parabéns pela resenha!
Realmente o segredo de Dan é algo que vai mudar drasticamente a vida deles, principalmente a da Sylvie! Vai mudar suas crenças! Beijos e obrigada pelo carinho de sempre!
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