Sinopse:
“O novo romance da autora de Sr. Daniels.
Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas
Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.”
Poucas escritoras conseguem me fazer chorar, até hoje apenas uma conseguiu deixar meu coração apertado ao ponto de me faltar ar, pois bem CoHo você não perdeu seu título, mas encontrou uma para ficar ao seu lado.
Quando eu soube da existência de “ O ar que ele respira” eu pensei, preciso ler esse livro, mas com todas as metas malucas que eu tenho o livro da Brittainy ficou de lado, até agora, que termino de ler ele de peito aberto com o coração sangrando, pensando, o que eu tinha na cabeça que não li esse livro antes.
O livro conta a história de Tristan e Lizzie, os dois marcados por perdas na vida lidam com suas dores a sua maneira, estando longe de estarem bem ou parecerem normais aos olhos da sociedade que os cercam.
Tristan nem sempre foi esse homem que é hoje, um dia ele foi feliz, com sua esposa e filho, seu corpo não era coberto por tatuagens, nem seu rosto coberto pela barba que nunca é feita nem o cabelo que a muito não é aparado, ele não morava isolado do mundo e era chamado de monstros pelas pessoas. Tudo isso aconteceu depois que seu coração saiu de seu peito, depois que ele morreu, depois que ele perdeu aquilo que dava sentido a sua vida, sua família em um acidente, lhe restando apenas aquele corpo que vagava e seu cachorro Zeus.
Elizabeth, nem sempre fora essa mulher triste, ela nem sempre teve essas feridas dentro do peito, ela era uma mulher alegre, com seu marido e sua filha, ela nunca precisou morar com sua mãe, com quem ela mantinha uma relação de mor e ódio, ela vivia em sua casa, com seu marido e Emma, sua menininha. Mas a dor se tornou muita, e ela precisou de um refúgio, mas agora ela estava cansada de ver a mãe se diminuir a cada homem que ela trocava na tentativa de achar um homem para ocupar o lugar de seu falecido marido, ela não queria ser como a mãe, nunca.
Mesmo ela tendo perdido o marido tão cedo em um acidente de carro ela precisava reagir se não por ela, ela precisava fazer isso por Emma, e ela o fez voltando para a cidade de onde fugiu quando a dor se tonou mais do que ela pode suportar, voltou por Emma.
Voltando para cidade ela se depara com uma cena nada normal, um homem corre descalço com seu cachorro ao lado, ele não tem uma boa aparência e quando ela se dá conta ela está quase atropelando o cachorro dele, Tristan se enfurece e Elizabeth quer de toda maneira reparar o que fez, os dois seguindo para um hospital veterinário.
“Esse olhar me era familiar. Será que eu o conhecia? Jurava que já o tinha visto em algum lugar. Ele parecia amedrontado e furioso ao se aproximar do cachorro, que imaginei ser dele, parado no chão. Estava com um grande fone de ouvido no pescoço, conectado a alguma coisa na mochila.
Usava roupas de ginástica. A camisa branca de manga comprida acentuava os músculos dos braços, o short preto deixava as pernas grossas à mostra, e o suor escorria de sua testa. Imaginei que estivesse levando o cachorro para correr e acabou perdendo a coleira, mas ele não estava de tênis.
Por que estava descalço?
Não importava. Será que o cachorro estava bem?
Eu deveria ter prestado mais atenção.
— Desculpe, eu não vi... — comecei a dizer, mas ele soltou um grunhido ríspido, como se minhas palavras o ofendessem.
— Que droga! Você só pode estar de sacanagem... — berrou de volta.”
Tudo naquele homem são pontos de interrogação, ela não entende como ele pode ser tão lindo e ao mesmo tempo tão grosseiro, ele tem uma dor nos olhos que ela reconhece dentro dela mesma e sabe que de alguma maneira aquele homem foi despedaçado como ela também fora.
Para Elizabeth estar na casa onde viveu com o marido é uma espécie de tortura, mas ela precisava trazer Emma de volta para casa, para o lugar a quem ela pertencia, os amigos dela e de seu marido não a desamparam a recebendo de volta de braços abertos, Tanner que desde o colégio foi amigo de Steve e padrinho de Emma estava sempre por perto disposto a fazer tudo o que elas precisassem.
Mas o que realmente a intrigava era descobrir quem era o estranho com quem se deparar na estrada e com quem tivera aquele desentendimento, e que surpresa ao descobri-lo como seu vizinho, os próximos encontros entre os dois passam a ser cheios de tensão e desejo, mas eles não aceitam estarem atraídos um pelo outro isso não pode acontecer, ele ainda ama sua mulher e ela ainda é apaixonada pelo seu marido, então porque parece certo e errado os dois se beijarem.
“Ele parou.
Virou-se devagar.
— Pare de me seguir — sibilou.
— Não estou seguindo você.
— Está sim.
— Não.
— Está.
— Não, não, não!
Ele ergueu a sobrancelha de novo.
— Você parece uma criança de 5 anos.
Ele se virou e continuou andando. Também continuei. De vez em quando, ele olhava para mim e grunhia, mas não falou nada. Chegamos ao final da trilha, e ele e Zeus seguiram para o jardim maltratado ao lado da minha casa.
— Acho que somos vizinhos — observei, com uma risada sem graça.
O modo como Tristan olhou para mim me provocou um frio na barriga. Um desconforto persistia em meu peito, mas, por trás daquilo, eu ainda podia perceber aquela pontada familiar que eu sentia todas as vezes em que o encontrava.”
Aos poucos Tristan vai entrando na vida de Lizzie é ele vai se infiltrando no dia a dia dela, seja em pequenos gestos como cortar a grama dela, ou em dar atenção a Emma, essa proximidade provoca fofocas por toda a cidadezinha e Tanner parece não gostar de ver o idiota da cidade em cima da mulher de seu melhor amigo.
Mas os dois decidem seguir seus instintos e vontades e quando eles descobrem os motivos de terem as almas quebradas serem iguais, decidem que podem ter parte de seus amores um no outro e a partir daí eles passam a ter uma relação onde encontram um no corpo do outro alivio, mas pensando estarem com seus respectivos marido e esposa, o plano parecia bom até que a bagagem de emoções com as novas emoções que passaram a florescer entre eles pareceu demais.
“— Tristan… Você acha… — Ela riu, ansiosa, e passou a mão pela testa. — Você pensa em mim? Quero dizer... — gaguejou Elizabeth novamente e ficou em silêncio. O nervosismo consumia seus pensamentos, confundia-os. — Você já pensou em mim como algo mais do que sua amiga?
Elizabeth viu a resposta em meus olhos. Senti a alma dela tocando a minha, seu olhar repleto de surpresa e curiosidade, sua beleza envolta em uma aura de mistério. Eu pisquei.
— A cada segundo. Cada minuto. Todos os dias.
Ela assentiu, fechando os olhos.
— Eu também. A cada segundo. Cada minuto. Todos os dias.
Afaste-se, Tristan.
Afaste-se, Tristan.
Afaste-se, Tris....
— Quero beijar você. A Lizzie triste, devastada. A verdadeira Lizzie.
— Isso mudaria as coisas.”
Poderia parte de seus corações estarem se curando com a presença um do outro, poderia eles terem espaços em suas vidas para amarem mais uma vez? Iria o destino que os fez se cruzarem dá-lhes uma oportunidade de juntos construírem um futuro juntos sem fantasmas do passado?
Mesmo mantendo a amizade e se ajudando mutuamente, a vida ainda não estava pronta para felicidades e quando eles descobrem que os destinos dos dois de certa maneira estiveram atados desde o início desta dor e de que talvez não tenha sido obra do destino as tragédias que os afligiram, a pressão parece ser demais e talvez a solução mais pratica seja fugir novamente, mas será que podemos fugir do amor? Em quem realmente podemos confiar? Os verdadeiros amigos serão realmente tão verdadeiros e estarão sempre por perto por nós? Será que somos capazes de abandonar quem por fim nos fez voltar a respirar?
Ah gente, o livro é lindo, maravilhoso, cheio de cenas emocionantes, e o final me surpreendeu de uma maneira única que me deixou chorando incontrolavelmente, o livro é perfeito. Tristan é puro amor e quis por centenas de vezes entrar dentro do livro para poder pega-lo no colo e deixar ele ali enquanto eu fizesse carinho na cabeça dele, rs. Lizzie, é uma mulher incrivelmente forte, e admiro que mesmo estando quebrada ela consiga ter essa força pela filha, para que ela possa se manter erguida.
Eu recomendo essa leitura, para tudo o que está fazendo e vá ler “O ar que ele respira”, que com toda certeza merece cinco notas musicais e definitivamente umas das melhores leituras do ano. Espero que quando lerem se apaixonem por esse livro e sinta o coração transbordar amor.
Um grande beijo e até loguinho!
Ficha Técnica:
Autora: Brittainy C. Cherry
Ano: 2016
Páginas: 308
Editora: Record
Skoob: “O ar que ele respira”
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